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28 janeiro 2013

Resenha (Livro's): Ratos e homens (EUA - 1937)


Livro: Ratos e homens (EUA - 1937)
Autor: John Steinbeck (1902 - 1968)
Ed. L&PM POCKET, 2007
145 páginas

Apesar do americano John Steinbeck ser mundialmente consagrado como um dos maiores autores do século XX, ganhador do Nobel de literatura em 1962, esse livro não foi parar em minhas mãos por conta disso.

Sempre que vou a uma grande livraria, sempre fico vasculhando a estantezinha dos livros da POCKET. Eles sempre editam em formato de bolso muitos clássicos da literatura. E ao me deparar com esse livro, na contracapa li que se tratava de uma narrativa passada na época da grande depressão que conta a história de dois amigos que procuram bicos de fazenda em fazenda - George e Lennie.

George é baixinho, franzino e super esperto. Lennie, ao contrário do amigo, é um grandalhão acima do normal, com uma massa física descomunal, porém de pouquíssima inteligência. E essa combinação é a chave para, de certa forma, um precisar do outro. Um completa o outro.

Fiquei super interessado nesta história porque lembrei de um filme que eu assisti há muito tempo, numa Sessão da Tarde, e que me emocionou muito, chamado Sempre Amigos (EUA - 1998). E é também a história de duas crianças super amigas. Um tem uma doença degenerativa no corpo e tem uma inteligência acima do normal, e o amigo é uma criança enorme e forte, mas com uma inteligência muito limitada. E meio que o forte levava o fraco no ombro, e os dois se completavam perfeitamente.

Enfim, voltando ao livro, gostei muito da história. Você entra nas entranhas da grande depressão americana na primeira metade do século XX. Numa época de grande miséria, onde muitos tomavam a postura do "cada um por si". E o filme se passa no interior, então o autor reforça bem o sotaque caipira na fala dos personagens.

O livro é visceral, e ao mesmo tempo comovente. Gosto muito de narrativas que não poupa o leitor da realidade. Sem enfeites e rodeios. Gostei muito do livreto. A leitura é fácil, e em poucas leituras você termina ele. Mas de fato ele consegue lhe impactar.

Uma querida amiga, Naiana, quando eu postei no Facebook que tava lendo esse livro comentou:

"E se eu te contar que chorei no final?"

Pois é... Eu também!

p.s. - presto aqui minha solidariedade a todos os familiares e amigos dos mortos nesta catástrofe em Santa Maria (RS). Meus pêsames e meus sinceros sentimentos... Minhas orações estão com vocês! 

25 janeiro 2013

Resenha (Livro's): Harry Potter e as relíquias da morte


Livro: Harry Potter e as relíquias da morte
Autora: J. K. Rowling
Editora: Rocco
Ano: 2007
590 páginas

Quando resenhei o livro anterior, o excelente Harry Potter e o enigma do príncipe, uma garota comentou: - Ô inveja que eu tenho de todos aqueles que têm a sensação de ler a saga pela primeira vez!

A citação acima me lembra muito uma outra do David Gilmour comentando sobre a obra prima do Pink Floyd, o The dark side of the moon (1973). O épico guitarrista disse que a única sensação que não vai poder experimentar na vida é aquela que o fã teve de colocar o disco no som e degustá-lo pela primeira vez.

Pois é, passei por esta experiência e consequentemente hoje faço parte do grupo que já leu. Seria muito bom se tivéssemos o poder de, em pelo menos algumas coisas, apagar do nosso HD mental algumas coisas pra poder experimentar como se fosse a primeira vez.

Mas pensando bem, melhor não. Pois sei que tem muitas outras obras que a gente vai, de certa forma, criando um olhar mais experiente com o passar dos anos. Quem sabe daqui a alguns anos eu vá ler o mesmo livro e já conseguir ter outra perspectiva. Enfim.

Acontece que esse último livro da saga Harry Potter é espetacular. Realmente, a meu ver, a autora conseguiu fechar com chave de ouro! Conseguiu encerrar a saga de forma eletrizante, com cada linha deliciosamente bem escrita. Fazia tempo que eu já tinha essa coleção, mas só de uns meses pra cá fui ter tempo de ler a série. E olhe que eu sou um senhor de 31 anos. Agora imagine toda essa magia literária sendo lido por um pré-adolescente.

De uma coisa você pode ter certeza (e aqui está a coisa que mais me chama a atenção na saga do bruxinho), a criança que ler e se encantar pela saga Harry Potter, e passar a ter raiva das investidas de Valdem... ops... Daquele-que-não-deve-ser-dito-o-nome, sempre que encontrar uma versão dele na vida real vai fazer logo a ligação. Ou seja, todos aqueles que, assim como o vilão da saga, ter como principal ideal a idiota ideia de pureza de raça ou qualquer tipo de fascismo desta natureza.

Enfim, terminei minha jornada nesta saga. Espero que a autora escreva outras histórias tão boas quanto as do bruxinho. E realmente, se você ainda não leu essa saga, não perca tempo! Leia! Você não sabe o que está perdendo!

20 janeiro 2013

Resenha (Filme's): O iluminado (Inglaterra / EUA - 1980)


Filme: O iluminado (Inglaterra / EUA - 1980)
Diretor: Stanley Kubrick
Estúdio / Produtora: Warner Bros.

Sempre passo por uma fase de rever os clássicos. E foi nesta vibe que eu resolvi alugar esse, que um dos mais sensacionais trailers de suspense (ou terror, sei lá) que já se fez.

O iluminado é um destes filmes que você têm que rever, pelo menos, uma vez a cada cinco anos. E mesmo assim, em muitos momentos, ele ainda vai ter o poder de te dar calafrios.

É muito interessante como os filmes do Kubrick são atemporais. O tempo vai passando, o publico (e a tecnologia) vai mudando, e nunca os filmes dele deixam de ser atuais. Você pode pegar um adolescente acostumado com tecnologia 3D, que ficou fascinado em Avatar (EUA - 2009) ou Transformers (EUA - 2007) e mesmo assim, ele vai olhar um filme deste brilhante diretor e achar a coisa mais original do mundo. E é exatamente isso que caracteriza um clássico, aquilo que tem consistência não somente para o seu tempo, mas consegue sobreviver ao passar das décadas e ainda tem, de fato, alguma coisa a dizer.

Jack Nicholson está fenomenal fazendo o papel de um escritor desempregado que aceita um emprego onde tem que tomar conta de um hotel que fecha durante todo o período de inverno. Ele e sua família se mudam pra lá para passar meses. E é nesse isolamento, somado a alguns mistérios que a casa guarda, que gira a trama desse filme sensacional.

O filme foi baseado na obra do Stephen King que é um dos grandes mestres do terror do século XX. Então, a combinação King/Kubrick é, de fato, um casamento muito acertado. Todo filme do Kubrick e quase todos os livros do King têm esse poder de lhe deixar suspenso, fora de eixo.

Confinamento, loucura, morte, sobrenatural, o mundo do mistério, do desconhecido, todos os elementos que, juntos neste filme, o tornaram memorável e com o poder e potencial de arrepiar a espinha de muitas e muitas gerações.

Há, uma dica: assista esse filme de preferência sozinho, numa noite de insônia com o volume no máximo!

Assista abaixo o trailer do filme O iluminado:

10 janeiro 2013

Resenha (Filme's): Gênio Indomável (EUA - 1997)


Filme: Gênio Indomável (EUA - 1997)
Diretor: Gus Van Sant

Gente, a primeira vez que vi esse filme foi em 98. Muito tempo atrás! Aluguei o VHS na locadora e botei pra rodar aqui em casa, e convidei uns amigos pra assistir. E realmente é daqueles filmes de unanimidades, do tipo: o cara tem que ser muito ogro pra não gostar deste filme!

Se você é daqueles telespectadores razoáveis de filmes, com certeza você já deve ter assistido.

Agora, se você foi mantido em cativeiro pelas FARC (ou abduzido por alienígenas) pelos últimos 15 anos e foi liberto agora, então este certamente é um dos filmes que deve escabeçar sua lista de prioridades cinematográficas.

O filme é estupendo! Uma excelente seleção de atores e um roteiro sensacional. Ben Affleck e Matt Damon assinam o roteiro e atuam no filme. E ganharam o Oscar de melhor roteiro original.

Robin Williams, em atuação forte, densa e comovente levou a estatueta de melhor ator coadjuvante.

Só isso já daria gabarito para você ver esse filme. Mas realmente a grande estrela desse filme é o próprio roteiro.

Não vou ficar aqui falando minunciosamente o enredo para não estragar a festa. Mas basicamente é a história de um gênio que é descoberto por um professor de uma das mais prestigiadas faculdades de matemática do mundo. Acontece que esse gênio é um jovem completamente perdido e sem rumo na vida. E com uma postura completamente agressiva e rebelde. Um jovem infrator, pobre e morador de periferia. Que por acaso faz uns bicos como zelador da faculdade.

Depois de várias tentativas de encontrar um terapeuta que dê jeito no rapaz, como última opção, o professor de matemática resolve tentar seu antigo colega de faculdade, um psiquiatra não convencional (e recém viúvo), maravilhosamente interpretado por Robin Williams.

Pronto, não vou escrever mais nada!

Apenas isso...

Revi esse filme com um grupo de amigos ao qual passei o dia na praia no finalzinho de novembro de 2012. Eram quase 22h e estávamos todos ressaqueados da praia. Resolvemos escolher um filme só para ter a desculpa de ver o começo e, um a um, todos irem dormir.

E quem disse que alguém dormiu? O filme segurou todo mundo até o final!

E depois desta última informação não sinto mais a necessidade de acrescentar mais nada...

Assista no vídeo abaixo o trailer do filme "Gênio Indomável":
p.s. -infelizmente não encontrei o trailer legendado...


Resenha (Filme's): 007 - Operação Skyfall (EUA / Reino Unido - 2012)



Filme: 007 - Operação Skyfall (EUA / Reino Unido - 2012)
Diretor: Sam Mendes
Estúdio / Produtora: Sony Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Albert R. Broccoli's Eon Productions

Gente, por conta de minha preguiça e indisciplina, passei pouco mais de um mês sem postar, e isso fez com que eu deixasse algumas importantes resenhas de filmes acumularem. Mas vamos lá correr atrás do prejuízo.

Confesso pra vocês que a saga 007 nunca me empolgou muito. Claro, todo filme de James Bond é, por definição, um delírio visual. Geralmente filmado em vários países, com a mistura perfeita entre requinte e ação. Nas sagas do espião mais famoso do mundo, sempre o que havia de tecnologia de ponta era testada. E a curiosidade de conferir os novos brinquedinhos de espio~es eram, para mim, o maior atrativo.

Muita gente torceu o nariz quando escolheram Daniel Craig para o papel de James Bond. Até entendo... James Bons é aquele cara tipo "arma letal+super-carismático+charmoso". E realmente Daniel Craig nunca fez muito bem o tipo de mister carisma. E realmente você vê nos filmes da era Craig muito mais truculência do que aquela velha e boa sutileza e sedução nos movimentos de James Bond. Você quase não ri nos filmes, e essa risadinha era presença carimbada na série 007 antes da fase Craig.

Mas mesmo com tudo isso, gostei muito desse filme. A meu ver, ele soa mais como uma homenagem. Há referência para praticamente quase todas as fases da saga 007. E neste, o embate está exatamente na relevância que um detetive desta natureza têm na nossa geração. James Bond ainda é uma figura necessária para a ordem mundial? A velha espionagem ainda é compatível com a era da informática por exemplo, onde os maiores violões talvez sejam hackers? As batalhas mais ferrenhas de espionagem hoje, sem dúvida, é no campo virtual.

E é exatamente isso que torna este filme interessante. Porque, ao que parece, a trama não poupa o velho Bond destas questões. Daniel Craig finalmente parece mais a vontade com o personagem. Em momentos ele nos faz até rir. O velho humor britânico, com todo o seu polimento, está de volta no personagem.

Javier Bardem faz o vilão em uma atuação excelente e bem humorada. Ele é um ex-agente que rouba o banco de dados da inteligência britânica e, nestes dados, está o nome de todos os agentes infiltrados espalhados pelo mundo.

A abertura do filme, com uma linda música da Adele, é uma das melhores aberturas da série, sem dúvida.

Agora, para quem curte aquele James Bond que sempre ganha todas, com suas escapadas que, de tão inacreditáveis, chegam até a zombar de nossa inteligência, é melhor nem ir assistir, pois para desgosto dos fãns mais inflamados da série 007, este James Bond é humano até demais.

Resumindo: O que para uns foi motivo de desgosto, para mim foi exatamente o grande diferencial que me fez gostar deste filme.

Ouso até a blasfemar um: "Vida longa a era Craig!"

Assista no vídeo abaixo o trailer de "007 - Operação Skyfall":

09 janeiro 2013

Resenha (CD's): Janis Joplin - "Pearl" (1971)


Artista: Janis Joplin
Álbum: Pearl
Ano: 1971
Gravadora: Columbia

Sou um sentimental incorrigível. Sempre sofri muito por conta da síndrome do coração partido. Seja por um amor não correspondido, ou pelo amor correspondido por um tempo até chegar no fim do relacionamento.

Várias são as formas de você conseguir sobreviver a tão temida fossa, esse momento insuportável que se dá entre o momento que você leva um pé na bunda, até alguns dias, meses ou anos que você do nada acorda, se olha no espelho e simplesmente se sente bem e desencanado. O tempo depende de pessoa pra pessoa. E cada um tem sua fórmula para aguentar esse momento. Uns caem na gandaia e tentam esquecer se entupindo de entretenimento e vida agitada. E outros são aqueles que, de fato, encaram a tristeza de frente, olha nos olhos dela e fala: senta aqui comigo e vamos tomar umas!

Eu sou do segundo grupo!

E ao que parece, Janis Joplin também...

Ela é a trilha perfeita para momentos assim! Sabe quando você pensa que já chegou ao fundo do poço, aí você toma umas cervejas e bota Janis Joplin pra tocar e percebe que ainda tem que cavar ainda mais fundo? O que torna Joplin única, pois ela consegue, de fato, expressar todo aquele grito e angústia que você sente em seu interior.

Reza a lenda que em uma entrevista ela foi indagada de qual o segredo dela ser a cantora de blues mais famosa do mundo. No que ela deu sua gargalhada rouca característica e respondeu: Ter um coração partido!

Agora não se preocupe, o som dela não é só pra quem tá na fossa não. Apenas quis dizer que, se você estiver fragilizado, o som dela vai potencializar isso. Porém, se você estiver numa fase feliz (como eu estou hoje, recém casado e radiante feito um piquenique num dia de sol no parque) ela ainda vai ser uma excelente companhia.

E esse álbum, o Pearl, eu e a torcida do flamengo consideram certamente o melhor trabalho dela.

Este maravilhoso disco foi lançado em fevereiro de 1971, infelizmente, quatro meses depois da cantora morrer prematuramente, vítima de overdose de heroína (no caso, por acidente, o traficante vendeu heroína com 45% de pureza, o que o torna letal). Janis estava em um momento feliz. Finalmente, depois da saída da sua antiga banda The Big Brother And The Holding Company e tentar inutilmente montar uma série de bandas de apoio (todas um fracasso), ela encontrou uma que fosse a altura do seu potencial artístico, a excelente Full Tilt Boogie Band.

Depois de muitas apresentações onde ela pôde desenvolver muitas das músicas que fariam parte de Pearl, ela e a banda finalmente se sentiram confiantes para entrar em estúdio e gravar. A Columbia recrutou Paul Rothschild (o mesmo do The Doors) para produzir o disco. E, ao contrário dos trabalhos anteriores ser de uma levada mais rock, nesse caso, além do rock temos soul, cheio de intervenções de metais e tudo o mais. Janis estava feliz, noiva, e musicalmente satisfeita com o andamento do disco. Quando ela morreu, pelo menos 85% do disco já estava finalizado.

O disco começa com a poderosa "Move Over", musica da Janis, com uma levada que não fica abaixo de qualquer hard rock feiro àquela época. Uma linha melódica unindo o som da guitarra e a voz de Janis. Muito boa!

Em seguida vem "Cry Baby" que é arrasadora! Nossa, chorei muito por causa de mulher ouvindo essa aí viu! "A Woman Left Lonely" começa baixinho e vai crescendo, tendo um final apoteótico.

"Half Moon" é cheia de swing, e a instrumental "Buried Alive In The Blue" (Janis morreu antes de colocar letra e voz nessa música, mas ela era tão fantástica que entrou no disco) é o poder sonoro que a banda dela tinha em toda sua fúria.

"My Baby", "Trust Me" e "Get It While You Can" tem basicamente o mesmo espírito, tanto em melodia quanto letra. São baladinhas que podem ser ouvidas uma atrás da outra, e você nem sente que a música mudou. Lindas de morrer! De preferência com os pulsos cortados!

"Me And Bobby McGee" foi o grande sucesso do disco àquela época. Uma linda história de um casal de viajantes, bem naquele espírito de atravessar o país para migrar para São Francisco. Linda e comovente! Que faz você sentir uma certa nostalgia de algo que não viveu.

E finalmente "Mercedez Benz". Ela é especial por vários motivos. Uma é que foi o último registro de Janis (ela gravou em 1° de outubro, na quinta, e morreu em 4 de outubro de 1970, um domingo). Segundo porque, certamente, essa deve ser a canção mais conhecida dela. E terceiro é que sua música de maior sucesso foi feita apenas com voz e um batuque que poderia muito bem ter sido feita com uma mão na mesa. E por mais estranho que seja, a última canção gravada por Janis é uma oração. Mesmo sendo uma oração bem materialista, não deixa de ser emblemática.

 Oh Lord! Prove that you love me and buy the next round!

Pérola (Pearl) era o apelido de Janis, e que merecidamente tornou-se o nome do álbum. Nada mais justo para alguém que, em sua música, exibia toda a intimidade de seu coração. Se entregava como ninguém no palco! Na capa do disco sua imagem mais comum: alegre, cheia de cores, com um sorrizão no rosto junta com seus inseparáveis companheiros: um cigarro e um copo de bebida.

27 anos cara! Como morreu nova! O que me deixa mais comovido na morte dela é a potencialidade que a obra póstuma poderia se tornar. Penso nos discos que ela deixou de gravar. Como teria sido a carreira dela? Teria caído no ostracismo? Teria se tornado mais soul ainda? Teria aderido a era disco? Nunca saberemos...

A pérola branca do blues remodelou totalmente os conceitos do papel da mulher no rock. Influenciou uma geração de músicos. E fez chorar uma grande massa de anônimos (dentre os quais esse que voz escreve). A garota que foi eleita a mulher mais feia da faculdade está hoje eternizada entre as mais espetaculares que já pisaram nesta terra!

A PREDILETA:

Nossa, que canção poderosa! "Cry baby" é de fazer o Chuck Norris, ou qualquer outro metido a durão, se encolher na cama em posição fetal e chorar baixinho chupando o dedo. Sabe aquele cara que deixa uma mulher amorosa e dedicada e dá um pé na bunda dela para ficar com outra. Aí a outra o deixa e ele pensa: Puta que pariu 1000 vezes! O que foi que eu fiz? 

E como um filho pródigo voltando para a casa do pai, ele volta com o rabo entre as pernas, chorando feito um bezerro desmamado, pedindo outra chance.

Quase todas as músicas de Pearl tem essa temática: O homem que deixa, o sujeito que trai, o cara que pede pra voltar, o outro que não liga mais. Os homens e suas complicações e volubilidades. E as mulheres (pelo menos algumas delas) com essa incorrigível postura de um amor que beira o maternal (daqueles bem incondicionais) esperando ansiosa por uma ligação.

Como essa nova geração de mulheres encarariam Janis Joplin? As mais feministas talvez a ache uma fraca submissa que coloca o coração acima da razão. Talvez! Ela não foi a primeira e nem vai ser a última que produziu uma obra de arte tendo como inspiração um coração destroçado por um filho da puta. Não à toa a Adele tá bombando aí no mundo!

Ouça no vídeo abaixo a música "Cry Baby":