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24 setembro 2010

Um clássico infanto-juvenil moderno



Livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal
Autora: J. K. Rowling
Editora: Rocco
Páginas: 263

Harry Potter é, sem sombra de dúvida, um grande marco na literatura mundial. E nem preciso ir muito longe para demonstrar isso. Se você for na página de loggin do site skoob (site de relacionamento similar ao orkut cujo foco é a literatura - www.skoob.com.br) e ver a lista de mais lidos, vai perceber que Harry Potter e a Pedra Filosofal está no topo.

E se você ler as dezenas de resenhas no site Skoob sobre este livro, vai se assombrar pelos inúmeros testemunhos de pessoas dizendo que tomou gosto pela literatura depois de ler Harry Potter.

E isso é, no mínimo, curioso!

E realmente pude perceber o porquê.

A história é muito bem contada, você vai passando as páginas devorando cada frase. Eu mesmo li umas 150 páginas em uma sentada. E concluí o livro em menos de dois dias.

J. K. Rowling

Obviamente, não é o melhor livro que eu já li na vida. E sei que muita gente tem certo pré-conceito com ele por conta do forte apelo publicitário alimentada pela industria do entretenimento, e enorme giro de capital que está em torno da marca Harry Potter devido ao grande sucesso da série no cinema.

Mas, como dizem os mestres das obviedades: - Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa completamente diferente!

Então, recomendo Harry Potter e a Pedra Filosofal a todos os amantes da leitura. E acho que daqui a umas décadas essa série de livros vai ser tão lembrada quanto clássicos da literatura universal como O Senhor dos Anéis (estou falando de popularidade e não de qualidade ok!? Digo logo antes que eu seja julgado por blasfêmia), Crônicas de Nárnia, Alice no País das Maravilhas, etc.

Na foto, Harry Potter numa calourada da Grifinória

Não vejo à hora de me deleitar nos demais livros da série. Será que J.K. Rowling conseguirá manter o mesmo fôlego na narrativa? Veremos! 

Então, que todos vocês possam dar asas (ou vassouras) a imaginação e voar alto nas aventuras desta série, na companhia deste simpático aprendiz de bruxo.

Que foi?

Ainda não conseguiu sair do chão?

Então vou lhe dar uma mãozinha:

- Vingardium Leviosa!

E tenha uma ótima viagem!

20 setembro 2010

Liturgia, apenas... Ou, A Santíssima Burocracia.


Livro: Constituição Sacrosanctum Concilium Sobre a Sagrada Liturgia
Subtítulo: (Coleção A voz do papa) Concílio Ecumênico Vaticano II
Autor: Paulo Bispo, servo dos servos de Deus, juntamente com os padres do concílio para perpétua memória.
Editora: Paulinas
Páginas: 74

Não que eu esperasse mais deste livro do que o título propõe. Já sabia que se tratava apenas de um manual informativo sobre liturgia católica.

O presente manual foi feito após o Concílio Vaticano II, ocorrido entre 1961 e 1965.

Dentre tudo debatido neste período, um dos destaques foi a necessidade de adaptar a liturgia da igreja pensando nas mais diversas culturas e línguas.

Sendo que, de todas as medidas, o grande carro chefe de tudo foi, finalmente, eles perceberem que a liturgia missal deveria ser celebrada na lingua do país onde a missa é realizada (antes era celebrada em Latim).

Um avanço, sem sombra de dúvida.

Mas liturgia... Bem, esta palavra não me entra de jeito nenhum.

Claro que a liturgia cristã são atos simbólicos para relembrar os mais diversos feitos de Jesus. Acho historicamente legítimo. E até certo ponto, dependendo do grau de instrução das pessoas, tem lá seu caráter didático. 

Porém, não podemos comparar isto ao verdadeiro espírito livre e religiosamente rebelde que o Mestre carpinteiro de Nazaré propunha na época que veio.

Tanto que, um dos grandes motivos por ele (Jesus) ter sido brutalmente assassinado foi exatamente o fato de ir contra os dogmas litúrgicos que os judeus com tanto zelo defendiam.

Jesus pregava a espiritualidade livre, que podia ser encontrada em qualquer lugar; num bate papo informal com alguém que cruzava seu caminho; na solidão dos desertos e montes; na convivência com pessoas de todas as classes sociais, etc.

Jesus só foi umas três vezes ao templo de Jerusalém depois que iniciou seu ministério. Nas duas primeiras visitas quase foi apedrejado, na terceira o crucificaram.

Isso, no mínimo, quer dizer alguma coisa não é?

Ao que parece, Jesus e religiosidade não se batiam muito bem.

Dois mil anos depois, vemos as igrejas institucionais protestantes e católicas transformarem a mensagem de Jesus naquilo que ele mesmo combateu quando estava peregrinando por esta terra.

Ceia, batismos, confessar pecados, conversar com Deus, a oração do Pai Nosso, o Templo do Espírito sendo nossos corpos e não templos feitos por mãos humanas. Tudo isso transformado em rituais e símbolos litúrgicos novamente.

Quanto ao presente manual de liturgia, para quem é católico ou para quem quer conhecer mais sobre os mais diversos símbolos ritualísticos da celebração da missa, é recomendável ler para que, ao participar, você tenha pelo menos consciência daquilo que é representado nos ritos.

Para mim, esta leitura reforçou mais a idéia de que a religião, como um todo, mais burocratiza do que aproxima o homem à Deus.

Jesus, mais do que ninguém, sabia disto e proclamava esta verdade aos quatro ventos. E todos nós sabemos que fim ele e seus discípulos tiveram.

Paz a todos!

E o sincero desejo de menos religião e mais espiritualidade!

Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estarei no meio deles.
Evangelho de Mateus 18:20

Assista o vídeo abaixo e veja porque eu amo religião: 



Relevem a ironia cretina...


*    *    *    *

Pessoal, meu grande amigo (e também blogueiro) André Rodrigres http://avidadentrodeumafantauva.blogspot.com/, além de escrever é também desenhista.

Ele homenageou meu blog com um desenho muito legal que faço questão de publicar aqui no Mundo Facundo! Me sinto honrado cara! Muito obrigado!

Abaixo, a homenagem do André ao blog Mundo Facundo:


Abraço a todos!