Livro:A mensagem de 2 Tomóteo - "Tu porém..." (Série A bíblia fala hoje) Autor: John Stott (1921 - 2011) Editora: ABU Editora (6a edição - 2005) Páginas:123
Em julho de 2011, enquanto o mundo lamentava a morte prematura de Amy Winehouse, uma significativa parcela do mundo cristão (pelo menos aquela que gosta de ler) chorou a morte de um dos autores cristãos mais férteis do século passado - John Stott.
Conheci este autor nas minhas aventuras (e desventuras) na ABU (Aliança Bíblica Universitária) nos núcleos da região Nordeste. E neste simpático movimento, ler John Stott era quase que uma obrigação. Eu até brincava dizendo que, à semelhança dos movimentos católicos, a ABU também tinha seu padroeiro virgem (Stott nunca casou...).
No mundo das leituras cristãs, tenho no John Stott aquela figura do velho sábio, aquele xamã, cheio de sabedoria, dono da reta razão (leia-se doutrina), que apesar de em certos momentos você achar ele um tanto ortodoxo (leia-se careta), ainda assim você alimenta um profundo respeito por ele.
Ele consegue escrever sobre a Bíblia, e toda a sistemática do pensamento cristão, sem ser enfadonho e robótico. Ele coloca a sua personalidade em cada frase, sempre lincando os princípios bíblicos levando em conta o contexto da época (muito importante quando se lê as cartas de Paulo), para daí sim trazer a reflexão para os dias de hoje.
O velho John Stott
O santo padroeiro virgem da ABU
E lendo este comentário de Stott em A mensagem de 2 Timóteo, você mergulha no contexto em que Paulo escreveu esta carta para um de seus discípulos prediletos.
Segundo Stott, no contexto desta carta, muito provavelmente Paulo estava preso em Roma, e há poucas semanas (dias ou horas, ninguém sabe) de ser executado. E da prisão, Paulo escreve esta carta, dando conselhos e encorajando Timóteo, que se achava muito inseguro para assumir uma posição de liderança.
Entrando mais a fundo nas cartas de Paulo, em especial 2 Timóteo, fico pensando sobre essa nostalgia toda que alguns têm sobre a chamada "igreja primitiva". É curioso ver Paulo, já naquela época, dando severas instruções ao jovem discípulo sobre como combater inúmeros ensinamentos errados, se afastar de gente gananciosa e hipócrita, isso dentro da igreja.
Gente que têm este tipo de nostalgia tem que ler as cartas de Paulo com mais atenção! Tanto que algumas admoestações que Paulo fez em relação a alguns erros daquela época, mais do que nunca, torna-se relevante para nós hoje. Com todo respeito a perspectiva "imagem e semelhança de Deus", o ser humano é osso! Em qualquer momento da história.
O que me emociona nesta carta a Timóteo é perceber Paulo, sentindo a morte aproximar-se, enche-se de esperança, mostrando que liberdade, muito mais que uma geografia, é um estado de espírito. Afinal de contas, que tipo de prisão pode existir no mundo, ou ameaça de morte, que possa nos separar do amor de Deus? É diante da morte que realmente experimentamos se o que a gente acredita de fato faz sentido ou não.
Ainda assim, Paulo ainda alimenta esperanças de rever Timóteo pela última vez, e o pede que o visite em Roma, e que traga sua capa e seus pergaminhos.
Será que houve tempo de Timóteo vê-lo? Ninguém sabe...
Nesta carta está uma das mais belas declarações de Paulo, onde o mesmo com sobriedade e diante da morte escreve a sua confissão de fé em uma esperança que está além da morte:
"Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda" 2 Timóteo 4. 6-8
Muitos cristãos trucidados por Roma devem ter balbuciado estas palavras antes de morrer. O legado de Paulo é inegável na construção desta tradição cristã que vem desde a antiguidade até tal qual a conhecemos hoje.
Há até quem diga que a igreja contemporãnea é mais paulina que cristã... Será?
Gostei muito da leitura deste livro. Realmente John Stott conseguiu atingir a sua proposta. Depois da leitura desse seu comentário você (gostando de Paulo ou não) vai passar a respeitá-lo mais. Ira perceber como não era fácil ser um propagador do evangelho aquela época.
E agora entendo do porquê que John Stott e ABU formaram, durante tantos anos, um casamento perfeito. Pois o mesmo (Stott), à semelhança de Paulo a Timóteo, teve em seu ministério a preocupação de deixar o legado de Cristo para as gerações que viriam após ele. Caras como eu, que mesmo metido a progressistazinho, sempre encontro no velho Stott um porto seguro em meio a todos os meus relativismos interiores.
Filme:A arte da conquista (EUA - 2011) Diretor:Gavin Wiesen Estúdio/Produtora:Vinny Filmes
Sabe aqueles filmes que você sai da lada de cinema com um sorrisão no rosto por ter visto um filme tão legal? Pois é, é assim que você provavelmente vai ficar ao término desse ótimo A arte da conquista.
O filme parece ser simples, narra a estória de um garoto com crises existenciais que busca algum sentido em um mundo sem sentido. Conhece uma garota, se apaixona, e tudo muda.
Mas não se deixem levar pelas aparências. O filme é muito bem roteirizado, os diálogos estão muito bons. A escolha do elenco foi um tiro certeiro, e a linda (e neste momento eu respiro fundo pois senão meu coração pára) Emma Roberts, com seu olhar de fazer destroçar qualquer coração mais sensível, está ótima. O garoto que protagoniza com ela é o muito bom Freddie Highmore (o garotinho do filme O som do coração [EUA - 2007]), e com participação também do, agora já grande Michael Angarano (o garotinho da fase pré-adolescente do protagonista do espetacular Quase Famosos [EUA - 2000]). Sem contar uma Alicia Silverstone já bem coroa fazendo o papel da professora.
Mas realmente, para mim, a beleza de Emma Roberts (sobrinha de Julia Roberts) rouba a cena. É incrível como a câmera gosta dela. A atuação dela é bem econômica, mas é na sutileza de suas expressões (um olhar de canto de olho, um leve sorriso no canto da boca) que fazem toda a diferença. Gostei dela de cara! E assim como sua tia famosa, ela tem todos os atributos para se tornar uma verdadeira queridinha da indústria. Isso se ela tiver um bom agente e fizer boas escolhas para filmes, obviamente.
Emma Roberts
O filme, além de tratar das questões existenciais do protagonista, ainda vai explorar esse complicado mundo dos relacionamentos. Das várias formas de se expressar o amor. Dos encontros e desencontros. Das imaturidades nas atitudes que nos levam a maturidade. Fala do amor nas suas formas mais básicas (familiar e amorosa), e como as relações são poderosas para nos transformar e mudar o curso de nossas vidas.
Enfim meus caros, recomendo muito esse filme. Assisti ele numa sessão de arte no shopping, e pretendo revê-lo outras vezes. É daqueles filmes deliciosos de se assistir. Daqueles que você assiste várias vezes e não se cansa. De fato, no seu sentido mais literal, um excelente entretenimento!
Assista abaixo o trailer do filme A arte da conquista:
Filme:O Hobbit - Uma jornada inesperada (EUA/Nova Zelândia - 2012) Diretor:Peter Jackson Estúdio/Produtora:Warner Bros., MGM, New Line Cinema, WingNut Films, 2Foot7
Vou logo direto ao ponto. Se você é um cara obcecado pela saga Senhor Dos Anéis e estudioso da literatura de J.R.R. Tolkien pode procurar outra fonte de leitura porquê não estou escrevendo para você, que muito provavelmente está querendo um bom insight sobre o filme, algo que você não conseguiu enxergar. Pois é amigo, procure outro blog porquê aqui não é o que você está procurando.
Estou escrevendo esta resenha para um publico leigo, parecido comigo, que não conhece a fundo a obra do autor, mas que curte comer uma pipoquinha com Fanta laranja vendo um bom filme no cinema.
Pois muito bem. Eu particularmente gostei muito da longa saga Senhor Dos Anéis (EUA/Nova Zelândia - 2001, 2002, 2003), que teve em cada livro uma versão cinematográfica. Chegamos então a outro ponto. Se você detestou a trilogia O Senhor Dos Anéis, também pule fora deste texto, pois O Hobbit é na mesma vibe.
Se você gostou da saga do Frodo e seus amigos, mesmo achando o filme looooooongo, então te digo com toda categoria que realmente esse O Hobbit está mais que recomendado.
Fiquei preocupado quando soube que ia ser uma trilogia, pois o tamanho do livro equivale a apenas um dos livros do Senhor dos Anéis. A saga de Bilbo, o bolseiro se passa cronologicamente antes do Frodo. Trata, entre outras coisas, como o Anel foi parar nas mãos de Bilbo.
Por conta da equação tamanho do livro + duração do filme fiquei pensando se o Peter Jackson não ia criar um filme longo, sem objetivo, enchendo linguiça o tempo todo. Mas não. O filme está muito bem construído. E o diretor bebe não só do livro O Hobbit, mas também de outras obras do autor que tem direta ou indiretamente ligação com a saga de Bilbo, o bolseiro.
Vá ver esse filme tendo na mente a ideia fixa de que ele é apenas a primeira parte de três. O filme em si não se sustenta. Mas se você abrir a mente para o todo da coisa, vai ter uma boa simpatia por esta primeira parte.
Peter Jackson consegue escrever um bom roteiro, para que tanto os fãs, quanto os marinheiros de primeira viagem possa admirar a obra. Quando você está ficando com sono sempre tem uma sacada de humor para acordar o telespectador.
Vale muito à pena entrar nesta jornada. O que me cativa mais no filme é exatamente pelo fato do diretor ser um fã alucinado dos livros de Tolkien. Então, por ser dirigido por um admirador, a coisa sai mais caprichada e, mesmo com a objetividade do cinema, ele consegue passar a essência do livro. Coisa que, infelizmente, não aconteceu com as filmagens das Crônicas de Nárnia, inspiradas nos livros de C.S.Lewis, que é uma saga espetacular, porém, a meu ver, foi dirigido com profissionalismo, mas não com paixão, como o foi o Senhor dos Anéis, e agora O Hobbit, nas mãos de Peter Jackson.
Veja no vídeo abaixo o trailer do filme O Hobbit - Uma aventura inesperada:
Filme: O impossível (EUA/Espanha - 2012) Diretor: Juan Antonio Bayona Estúdio/Produtora:Paris Filmes, Apaches Entertainment, Telecinco Cinema
Engraçado pensar na morte. Depois dessa terrível tragédia em Santa Maria (RS), onde mais de 130 jovens morreram asfixiados pela fumaça tóxica gerada por um incêndio causado por um efeito pirotécnico que deu errado no palco, eu fiquei pensando que, de fato, a morte na maioria dos casos aparece de forma imprevisível. Enquanto muita gente morre de medo de avião (dentre os quais eu me incluo) por medo de um desastre, você têm uma tragédia dessas acontecendo em uma boate onde, de fato, a morte é a última coisa que alguém acha que pode encontrar lá. Aliás, a morte não tem um pingo de educação, chega sem avisar.
Comecei o texto dessa forma um tanto sombria por conta do que se trata esse filme. Em 2004 um tsunami gerado por um terremoto no fundo do mar, varreu uma boa parte da costa da Ásia, matando mais de 230.000 pessoas. Uma tragédia sem proporções. E, na perspectiva das vítimas como ela (a morte) chegou? Num dia lindo de sol, em algum hotel paradisíaco. Quem poderia imaginar? Quem?
Pois o excelente filme O impossível trata desta tragédia. No caso, a história real de uma família sobrevivente.
Já tinha visto uma abordagem desse tsunami no filme Além da vida (EUA - 2010), de Clint Eastwood, com efeitos espetaculares (tanto que concorreu ao Oscar na categoria efeitos especiais). Lembro que no cinema eu fiquei me segurando na poltrona de tão tenso.
Pois os efeitos especiais desse O impossível potencializa umas 10 vezes os efeitos do Além da vida. É assustador e muito real. Realmente eles conseguiram chegar bem perto do que deve ter sido para as vítimas passar por essa onda de lama e destroços inundando a costa da Ásia. E principalmente, retrata o pós-tragédia. A multidão de feridos em hospitais precárias. A busca das famílias por desaparecidos. Um caos sem proporções.
Em específico os personagens do filme, essa família realmente teve muita sorte. E digo sorte mesmo! Daí o título do filme, O impossível.
Enfim, apesar dos claros apelos emocionais para fazer o público chorar, os atores estão ótimos. Em especial a atriz Naomi Watts que, inclusive, está concorrendo ao Oscar na categoria melhor atriz. E também para o ator mirim Tom Holland que estava simplesmente bárbaro! Esse garoto certamente merece ser acompanhado com muita atenção nos próximos filmes em que for atuar. É certamente uma promessa!
Lembro que muitos meses antes de ver esse filme o trailer foi disponibilizado. Quando eu vi alguns momentos dos efeitos especiais, e tudo isso ao som de "One" do U2, caramba, desde então fiquei esperando esse filme ser lançado contando os segundos. E saí da sala de cinema impactado, tanto pela realidade visceral que foi essa tragédia, quanto pela emoção de perceber o calor humano, a solidariedade e o altruísmo de muitos personagens sem nome que passam pelo filme representando muitos heróis que nunca vão ser conhecidos, mas certamente fizeram diferença na vida de muita gente após essa lamentável tragédia.
Assista abaixo o trailer do filme O impossível:
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Interlúdio Teológico
Onde estava Deus?
Não sou teólogo, nem um profundo conhecedor das religiões. Mas uma coisa que me chamou muito a atenção após essa tragédia foi um sem número de pessoas ditas religiosas atribuindo a Deus o que aconteceu na Ásia. Sabe, aquelas coisas bem mesquinhas do tipo: "Foi o dedo de Deus!"
Isso me dá calafrios!
Será mesmo que Deus é o responsável direto por tamanha catástrofe? Porquê ele faria uma coisa dessas?
Alguns disseram que é por conta da Ásia ser pagã... Mas, como assim? Se Deus (se é que ele existe) fosse levar a fundo seus elevados padrões de conduta humana, qual lugar nessa bolinha suja e redonda perdido no espaço não mereceria uma bela ondinha? O Brasil então nem se fala... E é ainda pior, pois sendo um dos países mais corruptos do mundo, com uma desigualdade social gigantesca, e violência e vulgaridade a todo vapor, se confessa 90% cristão. E aí meu caro Watson?
Tenho um amigo que perdeu duas pessoas da família para um desastre de automóvel. Eu estava perto dele quando alguém chegou para consolá-lo e perguntou:
- Você está com raiva de Deus?
No que ele respondeu:
- Não, estou com raiva da física (por conta da força centrifuga) e do motorista bêbado que não conseguiu controlar aquele maldito carro.
Acho muito idiota quem acha que, por ser cristão, tem a ilusão de ter em volta um campo de força que bloqueie qualquer tipo de acidente, tragédia, doença ou qualquer coisa negativa. Se for pensar assim, o próprio Jesus foi o maior dos derrotados, pois o mesmo (como eu, você e toda torcida do flamengo sabem) foi, no auge dos seus 33 anos, brutal e injustamente assassinado pelos religiosos e, claro, Roma.
Que dirá então da primeira geração de discípulos? Ou até mesmo da segunda geração, que boa parte terminou como ração para os leões das arenas? Se converter nos três primeiros séculos de cristianismo era literalmente assinar a própria sentença de morte.
Essa coisa de triunfar em tudo, de ser vitorioso e intocável, essa teologia extremamente materialista e, porque não dizer, interesseira, é fruto da própria cosmovisão do ocidente, que por sua natureza é utilitarista e gananciosa. Não adoram a Deus pelo que ele é, mas por aquelo que ele pode oferecer. Um deus que parece mais com o papai Noel (que recompensa os bem comportados) do que o Messias sofredor, que nos ensinou que, independente dos sofrimentos aqui, podemos guardar a esperança de que, encontrar a vida é algo que alimenta uma real esperança naquilo que transcende a matéria.
Em tese, a morte não deveria ser A (bem maiúsculo mesmo) grande questão para o cristão. E nisso temos muito o que aprender com o oriente.
Em um contexto hedonista como o nosso, falar de uma esperança no pós-morte é quase uma blasfêmia.
Para os saudáveis em bem-sucedidos sim, a vida após a morte é um assunto horroroso. Mas para os moribundos dos hospitais, as vítimas da tirania, os famintos em lugares desolados do mundo, para quem está a margem do capital, esse assunto, particularmente, pode vir a ser de grande interesse.
Mas ainda insisto na pergunta: Onde estava Deus no tsunami de 2004?
Talvez no coração de centenas de médicos e enfermeiros que viajaram continentes para, voluntariamente, ajudar as vítimas. No coração de pessoas que distribuíram água, remédios, banho, comida, organizaram lista de desaparecidos, anônimos ajudando gente que nunca viu na vida.
Então a resposta está no homem?
Sim!
Quase todos os ateus que eu conheço não o são por contemplação. A maioria é decepcionado com a religião (com toda razão!) e com as atrocidades que os homens fazem em nome de Deus (inquisição, alienação, corrupção, e a lista segue, e é grande).
Da mesma forma não acredito em nenhuma garota que ache que todo homem é cachorro apenas baseada em um sincero estudo antropológico. Nada disso! Todas as garotas que eu conheço que não acreditam mais nos homens passaram uma ou mais vezes por mãos de caras cafajestes.
Se Deus existir, ele deixou sua reputação muito fragilizada quando escolheu os homens para serem seus porta-vozes. Se Deus for tão idiota ou intolerante quanto a maioria dos cristãos que eu conheço, acho que até eu me tornaria ateu também.
A situação de Deus é bem complicada... Se delega sua mensagens aos homens, corre o risco de deturparem seus princípios e sua natureza (e estão aí os livros de história como testemunhas). Se resolve aparecer com toda a sua potência e poder vai, muito provavelmente, ser seguido muito mais por medo do que por sinceridade. A experiência do êxodo está aí em sua bíblia como prova de que soberania não é garantia de nada. O poder demonstrado para proteção do povo não é garantia nenhuma de manter o coração da nação fiel.
E se isso ainda não bastasse, quando uma catástrofe acontece, temos o hábito de explicar essas tragédias como vontade (ativa ou permissiva) de Deus. Herança direta dos medievais. Não aprendemos nada com os erros do passado.
Coitado de Deus!
Eu não queria estar na pele D'ele, sinceramente...
Então, nas mãos do homem está todo o poder de aproximar ou afastar alguém de Deus e suas virtudes. As nossas palavras e nossas ações podem ser fonte de vida ou morte para alguém. E não me reviro a vida e morte apenas na questão orgânica da coisa.
Você, ó desocupado leitor, tem em suas mãos o poder de matar ou ressuscitar sonhos, matar ou ressuscitar a capacidade de amar, matar ou ressuscitar a alegria, a fé, a esperança na vida de muitos. A escolha é nossa!
Termino aqui citando um exemplo de um crime bárbaro que aconteceu na periferia de Fortaleza uns anos atrás. Uma linda criança foi brutalmente estuprada e assassinada no bairro Conjunto Ceará. Os pais dela eram cristãos fervorosos. O assassino sequestrou ela na igreja e a matou.
Onde estava Jesus quando essa criança foi assassinada?
No que o pai, para toda a imprensa ouvir consternada, respondeu:
- Onde estava não sei. Mas sei com absoluta certeza onde Ele não estava! E com certeza sei que Jesus não estava no coração daquele assassino.
E aqui termino minha tagarelice.
"Assim, quando este corpo mortal se vestir com o que é imortal, quando este corpo que morre se vestir com o que não pode morrer, então acontecerá o que as Escrituras Sagradas dizem: A morte está destruída! A vitória é completa! Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?" 1 Coríntios 15: 54-55