Livro: O Jesus que eu nunca conheci
Autor: Philip Yancey
Editora: Vida
Páginas: 324
Basicamente, quando me tornei cristão, dois livros foram parar em minhas mãos; a Bíblia Sagrada e o livro do Yancey O Jesus que eu nunca conheci.
Tive sorte...
Porque hoje, com a literatura cristã viciada em fórmulas fáceis, gurus neo-pentecostais vomitando em livros as mais variadas fórmulas de se alcançar a espiritualidade x ou a unção y, fazem com que, boa parte da literatura cristã lida se enquadre em um nível tão medíocre e superficial quanto a auto-ajuda. Se não até pior.
Yancey não é um guru moderno. Não é um super-pastor cheio do "poder". Nem fala como o sabe-tudo que, seguindo o que ele faz e diz, tudo vai dar certo.
Não, longe disso.
Yancey é jornalista e escreve como um jornalista e, acima de tudo, tem a sede de um curioso. Sempre parte para a pesquisa sobre qualquer assunto que escreve do zero. E isso dá para sentir na sua escrita neste livro. Ele vai aprofundando aos poucos, fuçando, descobrindo...
Philip Yancey
O Jesus que eu nunca conheci é um livro muito bom, principalmente para pessoas que acham que já sabem o suficiente sobre o Carpinteiro de Nazaré, ou para aqueles que, devido a anos de freqüência em uma igreja convencional, não conseguem mais encontrar o encanto e o deslumbre na pessoa de Jesus. É um livro de descoberta de novos paradigmas. Ou a identificação de paradigmas que você tinha mas não ousava compartilhar com ninguém. Então a sua reação vai ser: - Nossa, nunca tinha olhado Jesus desta forma! ou - Caramba, eu sempre achei que fosse assim, ele pensa igual a mim, não estou sozinho!
Yancey não foge à questões difíceis, tampouco se atém a amenidades. Ele mergulha fundo, e sem medo lhe convida: - Ei cara, vamos nessa comigo, coragem!
Óbvio que, no começo desta resenha, quando discorri sobre a literatura evangélica atual, não queria desmerecer uma infinidade de autores muito bons que existem. Mais uma coisa é a verdadeira música boa, outra coisa é um hit pegajoso das FM's da vida. Entenderam?
Como diz o velho John Stott: - Crer é também pensar.
Então, de todo coração, com uma afirmação levado (não nego) por um laço de profunda gratidão pelo autor, recomendo a leitura de O Jesus que eu nunca conheci.
Obrigado Yancey, por me emprestar suas lentes e me fazer ver e perceber a redescoberta do Mestre Carpinteiro.
Quando você, cristão, pensa que já sabe tudo sobre Deus, Ele deve olhar para você, ficar com aquele sorriso de canto de boca a pensar: - Não sabes ainda nada filho... Não sabes ainda nada...
Abraço a todos e boa leitura!
6 comentários:
Oi, George! Vi que postou comentários no Blog Cotidiano e Fé e resolvi visitar seu blog.
Olha, se você gostou de Yancey, vai gostar, se é que ainda não leu, de Brennam Manning, para ser mais específica, o seu livro "Evangelho Maltrapilho". Valeu a dica!
Paz
fiquei bem curiosa..
obrigada por sempre estar la pelo meu blog..
e volte sim a lost, vale a pena
Gostei mesmo foi da cabeleira do Yancey... Acho muito interessante algo que li na introdução de um de seus livros: que sua principal motivação para escrever sobre a Bíblia são suas dúvidas!!! Algo que o aproxima de muita gente...
Murilo
Olá moço, como sempre lendo muito né, fico impressionada contigo, o blog tá incrivel, vou ficar visitando e add nos favoritos, bjão!!
Ei... Yancey é o cara. Ele faz uma leitura de Deus, das pessoas, da situações, que ninguém mais faz. Um cara e tanto. Texto muito bom, viu?! Me identifico, pois ele também marca muito minha vida.
Este livro de Yancey (presente seu)foi o divisor de águas , aprendi muito com ele e não parei mais de ler os livros dele .Esse e o maravilhosa graça foram os melhores.
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