Antes, uma pequena introdução:
Como alguns já sabem, trabalho como educador social, numa casa de medida socioeducativa para jovens e adolescentes em conflito com a lei. Lá é uma semiliberdade, os adolescentes ficam lá toda a semana útil, e fim de semana vão ficar com suas famílias. Ao contrário de outras casas de medida em regime fechado para jovens e adolescentes aqui em Fortaleza, que são verdadeiros presídios disfarçados, lá na semiliberdade Mártir Francisca o tratamento a esses jovens é humano, e o papel do sócio-educador de fato é educar, influenciar positivamente e transformar a vida deles! Eu sei, uma minoria muda de vida, porém isso não desmerece a missão, ao contrário, a deixa mais nobre, apesar do pouco reconhecimento do Governo do Estado. Sou muito orgulhoso por ser educador social! Muito mais que um emprego (e o salário é baixo, pode acreditar!), para mim é uma missão! Ninguém muda a vida de ninguém, o poder de mudar está dentro de cada um. O que me resta como educador é apenas plantar a semente! Se por acaso essa semente germinar no coração de algum deles, aí considero como missão cumprida! Mas sei que depende deles! Em outro momento vou escrever mais a fundo sobre a unidade, estou planejando um texto, dividido em três, onde vou conversar com você sobre dimensões de espiritualidade. E um destes textos vai ser dedicado exclusivamente ao meu trabalho na unidade.
Enfim, pela primeira vez na vida escrevi uma peça que tem como protagonistas três fantoches, cada um representando um sócio-educando, assim também como personagens interagindo com os fantoches.
Fiz questão de escrever a peça na ideia de ser os próprios educadores a participarem. Principalmente para ser os fantoches! Já para o papel de educador social eu coloquei um sócio-educando para atuar. Exatamente para trabalhar essa trocas de papel, de um se colocar no lugar do outro. Trabalhando a ideia de que todos são iguais.
A peça trata basicamente no conflito em que todos eles passam quando se encontram numa situação de descumprir medida, seja pulando o muro da unidade ou não voltando do final de semana. Escrevi no intuito de mostrar que, no final das contas a escolha é deles, e cabe somente a eles pensarem o que é melhor pra eles mesmos.
O Bom Caminho foi feito pela Tereza, uma educadora com voz bem gasguita e que fala pelos cotovelos, e todos tem grande carinho por ela. O Mau Caminho foi interpretado pelo seu Fernando, professor de serigrafia, conhecido lá como Professor Bugiganga (Bugi pros íntimos), e ele é, em si, uma figura engraçada, então pensei nele até para tirar o peso de um personagem como o Mau caminho, que representa o mau propriamente dito.
Os três fantoches são baseados em três adolescentes reais, e mantive o nome deles nos fantoches. Pena que o Bruno, o qual eu interpretei com o fantoche, descumpriu medida na semana da peça, uma pena...
Esta peça foi apresentada no aniversário de 11 anos da unidade. E antes de começar a ler a peça, vou colocar abaixo um pequeno glossário para que se entenda algumas gírias dos adolescentes, e não são poucas:
Cumádi - ficante, namorada ou esposa
É sal? - Pode ser?
Cabeça de gelo! - Fica frio!
Rochêda - massa, legal
Acocha! - expressão usada quando alguém faz alguma coisa por medo
Marretada - quando algum adolescente fala ou faz uma besteira, ele recebe dois cascudos na cabeça de cada um que ouviu ou viu a besteira
Prosa - brincadeira
Mó limpeza - tranquilo
Qual tuas área? - qual teu bairro?
Vacilo - cometer erro
Boiô - caiu em alguma brincadeira e não percebeu
Faca cega - mentiroso
Fio descascado - armadilha, cilada
Papangú - só fala besteira
Embaçar - atrapalhar
p.s. - coloquei em vermelho os intervenções para o leitor se situar no que acontece durante os diálogos.
O bom caminho
por George Facundo
Personagens:
Narrador
Fantoche 1 - Renato
Fantoche 2 - Ramon
Fantoche 3 - Bruno
Fantoche 3 - Bruno
Educador
Mau Caminho
Bom Caminho
Início:
Um adolescente entra em cena e
lê:
Há caminhos que
parecem certos, mas podem acabar levando para a morte.
PROVÉRBIOS 14: 12
Entra em cena o narrador:
NARRADOR:
Foi-se o tempo
Já quase nem lembro mais
Dos dias que criança brincava na rua
Todo mundo era tranquilo, e viviam em paz
Todo mundo era tranquilo, e viviam em paz
O mundo foi avançando
As pessoas não mais se amando
As famílias se separando
E muita gente chorando
E muita gente chorando
Os mais velhos se perguntam:
O que está acontecendo?
O que está acontecendo?
Ao invés de velho ser enterrado
São os jovens que estão morrendo
Muitos jovens não sabem viver
Nem conseguem aproveitar a liberdade
Usam o seu tempo livre de forma errada
E se perdem, escolhendo a marginalidade
Muitos destes adolescentes
Que pelo crime se atiça
São pegos em seus erros
E passam a responder na justiça
Os juízes, que julgam cada caso
Escutam deles as justificativas
Então se forem culpados
Vão cumprir medida socioeducativa
Mártir Francisca
É o nome desta unidade
Muitos jovens vem pra cá
É o nome desta unidade
Muitos jovens vem pra cá
Quando ganham semi-liberdade
Eles ficam aqui de segunda a sexta
E se eles se comportarem e não "se danar"
Podem ir no fim de semana pra casa
Com suas famílias aproveitar
Podem ir no fim de semana pra casa
Com suas famílias aproveitar
E foi justamente aqui, nessa quadra
Que aconteceu um curioso fato
Estavam aqui três adolescentes
Ramon, Bruno e Renato
Ramon, Bruno e Renato
Neste momento dois bonecos
aparecem, (Ramon e Bruno) como se estivessem chegando na quadra, para ficarem
lá para fazer os papeizinhos do artesanato.
Ramon - Bora lá mah, que eu tenho que
entregar essa pata até amanhã pra minha cumádi! É sal tu me ajudar?
Bruno - Cabeça
de gelo! É sal! Cadê os papéis?
Ramon - Taí ó,
na caixa!
Em frente a lona, haverá uma
caixa no chão cheio de papeizinhos.
Bruno - Ei pivete doido, comé que a gente vai
pegá? Tá longe!
Ramon - Óia, deixa de ser vaca morta seu
lezado, deixa que eu pego!
Ele se estica, na parte de cima
da lona tentando alcançar. Obviamente não consegue.
Bruno - Rárárá
Ramon - Tá embaçado pegar essa caixa ó...
Bruno - Rárárá! É mesmo pivete doido!
Ramon - Peraí, vou chamar o Renato!
Renatô!!!!! Bom Sucesso!!!!!!
Renato, sem aparecer, fala:
Renato - Quié? Dá a idéia!
Ramon - Ôia! Chega aqui pivete!
Ramon - Ôia! Chega aqui pivete!
Renato - Peraí que eu tô aqui na monitoria
aperreando a Eliza!
Bruno - Chegaííííííí pivete, tá vacilando?
Bruno - Chegaííííííí pivete, tá vacilando?
Renato - Peraí, tô indo, tô indo!
Bruno - Bóóóóóóóóóra pivete, tô perdendo a
paciênciaaa!!!
Renato - Tô chegando, tô chegando... Vai dar certo!
Agora Renato entra em cena...
Renato - Dá a idéia!
Ramon - Tá embaçado pegar essa caixa ó...
Renato - E daí?
Bruno - Rárárá!
Ramon - E daí é? Vai cortar as forças mesmo?
Ajuda aí mah!
Renato - Pera! Vai dar certo! Xeu ver aqui...
Renato se estica pra pegar, mas
também não consegue...
Ramon - Usa o nariz mah!
Bruno - Rárárá!!!
Renato - Cala boca aí! Égua mah, deu não...
Ramon - E agora pivete?
Bruno - E agora pivete?
Renato – Tá é brabo! Peraí, já sei! Ei
educador! Chega aí!
Nesse momento, alguém vestido de
educador entra em cena...
Educador - Oi Renato, diga!
Renato - Ei educador, é sal tu pegar essa
caixa aí pra gente?
Educador - Há, tranquilo, tá aqui ó!
Bruno - É sal tu ficar segurando aí pra gente
só na limpezinha? Rárárá!
Na medida que os meninos vão
perguntando, o educador, mesmo contrariado, vai aceitando...
Renato - E é sal tu arrumar uns papeizinhos
que tem aí na caixa? Dá aqui pra gente! Valew!
Ramon - Rôchêda! Mó limpeza tu ó educador!
Bruno - Acoooooocha pros menor!
Educador - Me respeite viu! Tô fazendo uma gentileza!
Educador - Me respeite viu! Tô fazendo uma gentileza!
Bruno – Brincadeira educador! Tu podia ser o
pior, mas é o melhor! Rárárá!
Lembrando que, quando o educador
entrega os papeizinhos, uma mão de um dos que estão com os fantoches pode
pegar... Assim também quando precisar de algum tipo de intervenção, como dar
“marretada”, essas coisas, todos podem usar as mãos...
Quando a mão pega os papéis, eles
vão conversando, cantando, e as mãos dos que estão com os fantoches vão jogando
os papeizinhos já dobrados para a caixa que o educador está segurando...
Ramon - Vai ficar rochêda essa pata!
Bruno - Segura aí educador! Vixi, foi mal aí
educador! Bota em relatório não! Cabeça de gelo!
Ramon - Puxa um som aí Renato!
Renato - Peraí, xeu aquecer o gogó: glauglauglauglau!
Pronto! Lá vai! Um, dois, três! Princeeeeesa, por favor volte pra mim, eu te
amo meu amor...
Ramon - Óóóóóóia! Tu é uma princesa éééé?
Renato - Eiii, vacilou, merece dois!
Ramon - Óia, toma dois também!
Bruno – Ó os papo! Rárárá!
Renato - Toma dois só pra deixar de ter risada
feia! Bixo fei!
Bruno - Eiiii! Tá vacilando é? Toma dois!
Todos - Toma dois! Toma dois! Toma dois! Toma
dois!
Educador - Chegaaaaaaa! Bóra parar aí pessoal!
Já falei que não pode ter esse tipo de brincadeira na unidade!
Bruno - Cabeça de gelo educador, é só prosa,
já paramos!
Educador - É bom mesmo! Continuem fazendo aí as
coisas pra pata de papel!
Neste momento, um forte barulho
vindo do corredor acontece... Alguém faz barulho imitando a risada do Emiliano, um adolescente da unidade (Hahahahaha!) O educador percebe o barulho e sai para averiguar o que é...
Educador: Não acredito... O Emiliano de novo
fazendo barulho... Ei Emiliano, deixa disso hômi! Se aquiete!
Educador sai de cena e entra o narrador novamente...
NARRADOR:
E sempre
acontece em momentos assim
Quando
estamos na solidão
Que o Mau
Caminho aparece
Despejando
sua tentação
O Mau
Caminho chega mansinho
Quando não
tem ninguém vendo
E começa a
dar maus conselhos
E da sua
boca só sai veneno
Mau Caminho - E aí galerinha! Tudo beleza?
Renato - Rochêda!
Bruno - Mó limpeza!
Ramon - Óia, parece um urubu empalhado!
Ramon - Óia, parece um urubu empalhado!
Bruno - Rárárá! É mesmo ó!
Mau Caminho - Olha o respeito pessoal, pois eu vim
aqui pra trocar uma ideia com vocês!
Renato - Há é? E qual as tuas área?
Mau Caminho - Minha área? Muito bem, eu moro
geralmente na mente daquele que precisa tomar uma decisão... Vocês já devem ter
ouvido minha voz! Geralmente sou eu que sopro no ouvido: “Vai lá,
experimenta isso e aquilo”, ou “Vai lá, faz esse assalto, uma graninha legal”
ou, “ainda é cedo cara, são só 3h da madrugada, tu vai voltar pra casa agora?
Fica mais um pouco!”, ou “Que família o quê... Vai curtir com teus amigos,
pegar umas meninas rochêra”, e por aí vai... Eu que guio vocês nos maravilhosos
caminhos dos prazeres...
Ramon - Háááá, então é tu que fica buzinando
nos ouvido da gente? Óia, pois tu buzinou errado porque a gente tá é preso!
Renato - É mesmo ó... Merece um marretão!
Bruno - Rárárá!
Bruno - Rárárá!
Mau caminho - Pera pessoal, calma! Pois tô aqui pra
resolver o problema de vocês!
Renato - Há é? Pois dá a idéia!
Mau Caminho - Olhem só pra esse muro! Pois é, basta
pular e vocês vão ter a liberdade!
Bruno - Tá é vendo é?
Mau Caminho - É negrada! Lá fora é só festa!
Ramon - Lá fora tá é embaçado né não? Minha
cumádi tá gravida, disse que eu tenho que trabalhar...
Mau Caminho - Quem disse que a vida tem que ser
difícil meu amigo? Trabalhar? Neeeem pensar! Para que perder tempo ganhando
pouca grana, se você pode ter dinheiro e cumádi sem precisar trabalhar tanto! Traficar
e roubar é que dá dinheiro! Eu torno a vida uma porta larga meus parceiros!
Vocês tão perdendo o tempo de vocês aqui dentro! Hoje mesmo tem festa lá na
pracinha, todo mundo vai tá lá, e vocês aqui dentro... Vacilo viu!
Renato - É mermo ó... O Mau Caminho tá certo! Mó
saudade da liberta!
Bruno - É, saudade das cumádi!
Bruno - É, saudade das cumádi!
Ramon - É... saudade das festa!
Renato - Dá até pra ouvir o raggae ó...
Neste momento começa a tocar um
raggae no som e os bonecos e o Mau Caminho começam a dançar! Depois de alguns
segundos, o som fica bem baixo, os personagens continuam a dançar e entra a voz
do narrador...
NARRADOR:
E quando
você pensa que tá tudo acabado
E que o
Mau Caminho vai vencer
Aparece o
Bom Caminho
Com outra
ideia pra oferecer
Mau Caminho - Bóra lá galerinha, eu vou dar até
pezinho pra vocês pularem o muro! Bóra lá antes que o educador volte! Bóra,
Bóra!
Bruno - Cabeça de gelo e coração de pinguim
que vai dar certo!
Bom Caminho - Páááááááááááááááára!!! Pode parar
tudo!!! Pronde é que vocês pensam que vão eeeeeeeein???
Ramon - Óia! Tinha que ser a Tereza pra embaçar!
Bom Caminho - Quem é Tereza? Eu não sou a Tereza!
Pra sua informação eu sou o Bom Caminho viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuu! E vocês
tão fazendo a maior besteira da vida de vocês descumprindo medida! Vocês tão
fugindo pra quê? Esse sem vergonha aí do Mau Caminho fala bonito, mas isso é
uma armadilha pra vocês!
Renato - E qual as área da senhora?
Bom Caminho - Senhora tá no céu meu filho, eu sou
uma moça! E minha área é a voz que sai da boca da família de vocês, que dizem
pra vocês ficarem em casa e não fazer coisa errada... Minha área é a voz do bom
amigo de vocês que convidam vocês pra igreja! Minha área é o conselho dos educadores
que aconselham vocês a voltarem pra cá no domingo! Toda vez que vocês ouvirem
no coração de vocês que é bom sair dessa vida e cuidar da família e arranjar um
emprego, e estudar, sou eu falando! Pode até não parecer divertido, mas é o
melhor caminho que vocês podem escolher... O da paz, dos estudos, do trabalho,
da família! Quantos meninos, novos que nem vocês, morreram cedo. E foram mortos
sabe por quem? Pela Violência, que é parceira desse aí ó, o Mau Caminho...
Neste momento no telão, passa um
vídeo com uma música bem suave e triste, com a seguinte frase:
SÓ EM FORTALEZA, DE JANEIRO À
JULHO DE 2012, FORAM ASSASSINADOS DEZENAS DE JOVENS E ADOLESCENTES, VÍTIMAS DA
VIOLÊNCIA!
EM MEMÓRIA DE:
É projetada fotos de adolescentes
que já passaram pela unidade e morreram vítimas da violência, com os nomes
deles.
Mau Caminho - Tu vai bem me dizer que se esses
meninos ficarem aqui eles vão mudar é? Tu acha que tem jeito pra eles? Deixa de
ser besta sua iludida!
Bom Caminho - Cala essa boquinha viuuuuu, seu
projeto de bizouro do cão! Abra bem esses ouvidinhos que vocês vão ver no que é
que dá seguir meus conselhos!
Ramon - Óia! Bizouro do cão! Boiô!
Bruno - Rárárá!
Bruno - Rárárá!
Renato - Ééééégua Mau Caminho, vai deixar?
Bom Caminho - E cala essa boquinha vocês também
viiiiiiiiiiiiiu! Pois agora quem vai falar é a voz daqueles que escolheram
seguir meus bons conselhos!
Agora começa a parte que, seja em
vídeo ou pessoalmente, acontece os testemunhos de adolescentes que passaram
pela unidade e saíram do crime.
Bom Caminho - Tá vendo meninos? Quando a gente
quer, a gente pode mudar viiiiiiu! Então, tire essas idéias ruins da cabeça,
cumpram a medida de vocês, estudem, trabalhem que vocês podem ir looooonge!
Bruno - Cabeça de gelo galera, vamo ficá!
Renato - É mermo viu, vamo cumprir medida só
na limpeza, estudar, fazer curso...
Ramon - Pois é, vamo se aquetá que é melhor!
Esse Mau Caminho é mó faca cega!
Renato - Tá é vendo é? Isso é um fio
descascado!
Bom Caminho - E você seu papangú, eu tenho um
negócio aqui pra você viuuuuuu! Toma! Toma!
O bom caminho neste momento tira
a chinela e começa a bater na bunda do Mau Caminho que chora, e os dois saem de
cena...
Renato – Rééé! Tua casa caiu Mau Caminho!
Bruno - Rárárá! Vacilou!
Ramon - Acóóóóóócha pro Bom Caminho!
Educador - Quem é que acoxa ein?
Educador entra novamente em
cena...
Bruno - Óia, lá vem esse educador embaçar as
conversas dos menó!
Educador - Embaçar nada menino... Tô fazendo o meu trabalho! Acompanhando vocês!
Educador - Embaçar nada menino... Tô fazendo o meu trabalho! Acompanhando vocês!
Renato - Dá pra segurar a caixa aí de novo só
na limpezinha?
Educador - Arriégua! De novo?
Ramon - Vai lá educador!
Educador - Tá bom!
Renato - Dá mais papel aí pra gente, pode ser?
Se num der a amizade é a mesma!
Educador - Toma, tá aqui!
Todos - Acooooooooxa pros menor!!!
Educador - Óóóóóólha!!!!
Bruno - Rárárá! É só proza educador! Tu sabe
né? Podia ser o pior!
Educador - Já sei! Mas sou o melhor!
Bruno - Não, tu é o “mais ou menos” por ter deixado a gente sozinho aqui na quadra! Rárárá!
Bruno - Não, tu é o “mais ou menos” por ter deixado a gente sozinho aqui na quadra! Rárárá!
Ramon - Óia, boiô!
Neste momento entra uma técnica
da área de psicologia...
Técnica - Ramon, atendimento!
Educador - Vá lá Ramon, a psicóloga quer falar
com você!
Ramon - Já vai, vai dar certo! Ei, é sal
ficar impregnado aí nos papeis só na limpeza?
Bruno - Cabeça de gelo, vá lá!
Bruno - Cabeça de gelo, vá lá!
Depois entra uma técnica/o do
setor jurídico...
Advogado - Ei Renato, bóra lá que eu vou te
atender!
Bruno - Vixi, estourou a audiência! É penal!
Educador - Deixa de besteira hômi, o advogado só
quer falar contigo!
Advogado – Vem logo Renato!
Renato - É sal! Fica aí Bruno!
Bruno - Boiei, fiquei sozinho!
Educador - E eu? Num tô aqui contigo!
Educador - E eu? Num tô aqui contigo!
Bruno - Ó os papo! Rárárá!
Agora entra uma técnica do
serviço social...
Técnica - Ei Bruno, atendimento, vem!
Educador - Pronto, aí, vai ser atendido!
Bruno - Mó limpeza! Vai dar certo! Cabeça de
gelo!
Educador - Vá lá Bruno, se avexe hômi, atendimento!
Bruno - Ei, é sal não uma ligação?
Técnica - Depende pra quem for Bruno! Vamos lá na sala que a gente conversa!
Técnica - Depende pra quem for Bruno! Vamos lá na sala que a gente conversa!
Bruno - Boiô educador, ficou sozinho! Rárárá!
Falô pessoal!
NARRADOR:
E aqui
termina esta história
E espero
que dela tenham sido aprendiz
Pois
seguir os conselhos do Bom Caminho
É o
primeiro passo para um final feliz
Onde quer
que você ande
Sempre
haverá dois caminhos pra escolher
Escolham
portanto o lado do bem !
Esse é o
melhor caminho, só depende de você!
Espero que
tenham se divertido
E prestado
bastante atenção
Pois a
lição desta história
É pra
guardar pra sempre, no fundo coração
E se desta
história tiverem gostado
E em sua vida
tiver feito diferença
Podem
então dar uma salva de palmas
Pois essa,
certamente, é nossa maior recompensa!
Boa noite!
No final entram todos os
participantes da peça, e todos cantam a canção “Saber Viver” dos Titãs.
FIM