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02 agosto 2012

Resenha (Filme): Batman - O cavaleiro das trevas ressurge (2012)





Filme: Batman - O cavaleiro das trevas ressurge (Eua - Reino Unido / 2012)
Diretor: Christopher Nolan
Estúdio: DC Entertainment / Legendary Pictures / Syncopy / Warner Bros.


Confesso que tava apreensivo com esse filme. Principalmente pelo anterior, com aquele Coringa arrasador. Enfim, fui assistir e, caramba! Que filmaço!

O filme se passa 8 anos após a prisão do Coringa e a morte do Harvey Dent. Depois disso, Gotham City passa a viver uma paz, paz essa que consequentemente fez o Batman perder seu lugar. O que dá certa razão ao Coringa, quando este, no filme anterior, passou na cara do Batman que ele só tinha razão de existir por conta de caras como ele (Coringa). Só há o herói por conta dos vilões. Eles são peças fundamentais para o estabelecimento do que é certo e errado em uma coletividade.

A paz de Gotham faz Bruce Wayne virar um homem recluso, por não mais encontrar um sentido para lutar, pois não há mais o mal para o Batman combater.

Enfim, não vou ficar contando o enredo do filme, vou me ater mais as minhas sensações.

Enquanto Coringa era um fanfarrão que queria só ver o circo pegar fogo. O vilão deste já é daqueles que tem sede genuína por destruição e terror, tendo por trás desse sentimento (e de seu corpo de brutamontes, tipo vilão do Mad Max), uma ideologia messiânica. As coisas mais monstruosas que se pode fazer acontece quando o ódio é regado por uma ideologia. Porque além da ação, existe a paixão como combustível. E quando a paixão aflora, a criatividade aumenta. Lembre-se: não estou falando de sexo, mas de terrorismo! O nome do brutamontes é Bane (interpretado pelo competente Tom Hardy, aquele feroz lutador de vale tudo do filme Guerreiro - 2011).

O filme em si é colossal, um verdadeiro clássico moderno (daqui a uns 30 anos a gente conversa sobre essa minha precoce afirmação), e principalmente, uma senhora aula de como se fazer cinema.

Christopher Nolan consegue construir um filme com apelo blockbuster, mostrando de uma vez por todas que sim, dá para se produzir um filme comercial com um roteiro e direção de uma profundidade e beleza, que certamente irá acalorar debates intelectuais por muitas gerações.

Muito mais do que produções megalomaníacas, o que o público está querendo mesmo é e sempre foi roteiro. E acho bom filmes assim ganhar o grande público, pois pessoas mais exigentes vão exigir filmes melhores, mais bem escritos, enfim.

O filme carrega a sombra de, no filme anterior, ter sido marcado pela trágica e prematura morte de Heath Ledger (que fez o Coringa). Agora o foi pela chacina de 12 pessoas em um cinema do Colorado (EUA) na estréia do filme, por um lunático psicopata chamado James Holmes, que provavelmente comprou suas armas em alguma padaria americana. Deus salve a América!

Resumindo: O filme valeu cada centavo que eu paguei numa cara sessão domingo à noite! É muito bom quando você paga um ingresso e sai da sala de cinema impactado por um espetacular filme. O que faz jus, de fato, a expressão:

A maravilhosa magia do cinema!

Veja abaixo trailer do filme "Batman - O cavaleiro das trevas ressurge":

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