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25 julho 2012

Resenha (CD's): Simply Red - "It's only love"





Banda: Simply Red
Album: It's only love
Ano: 2000
Gravadora: Warner Music

Este certamente é uma bolachinha preciosa que tive o prazer de encontrar nos meus eternos garimpos na parte de discos a preço de banana das Lojas Americanas.

Simply Red é uma banda inglesa surgida na década de oitenta, liderada pelo exótico vocalista Mick Hucknall, que tem uma voz peculiar e basicamente é a imagem central da banda que durante o passar dos anos mudou sua formação diversas vezes.

A banda emplacou sucessos nas Fm's que, certamente, se você viveu neste planeta nos últimos trinta anos com absoluta certeza você já ouviu uma música deles. Principalmente nestas rádios "softs", tipo sei lá, uma Tempo FM da vida que é especializada em músicas românticas e flashbacks. Basicamente toda capital do Brasil tem uma rádio dessas.

Mick Hucknall 
A voz e a cara do Simply Red

Enfim, este disco é perfeito para embalar uma noite romântica. A trilha sonora de uns bons pegas no sofá ou no banco traseiro de um carro. E esta coletânea tem o título "It's only love" não à toa. É uma compilação das melhores canções de amor do Simply Red. Quase todos os clássicos estão aqui: a arrasadora "If you don't know me by now", a sensual "Holding back the years"; as lindas "Say you love me" e "The air that I breathe". Também "Ev'ry time we say goodbye", que é de partir o coração.

Ainda há uma versão bem sexy de um clássico corta pulso do Neil Young chamada "Mellow My Mind". O que na voz do Neil Young é um lamento de um bêbado de coração partido, na voz de Mick se torna quase que um convite ao sexo.

Quando você pensa que o sonho acabou, o disco nos brinda com "Stars" e "Heaven" de saideira.

Obviamente quando eu disse que neste disco estavam quase todos os clássicos (apesar das 19 faixas da coletânea) não exagero neste "quase", pois o disco peca mortalmente por deixar de fora "Sunrise" e a clássica das trilhas de casamentos: "You make me feel brand new". Esta última de fazer arrepiar os cabelos da nuca.

Particularmente este disco marcou muito minha viagem a Natal com meu amor, Lorena. Foi trilha sonora de uma noite perfeita com direito a dança com rostinho colado no meio da sala à meia luz, e banho de piscina no começo da madrugada. E o sonzinho lá, só faltando furar este disco de tanto tocar.

Minha Lorena!

"I don't believe in many things, but in you I do!"    


Vai dar um jantarzinho romântico em casa meu amigo? Bote meia luz, acenda umas velinhas, prepare um prato leve, e na hora que ela entrar aperte o play. Os olhos da sua fêmea vão dilatar na hora!

Não sei se vocês sabem, mas encontraram este disco em umas ruínas onde, provavelmente, ficava o harém do Rei Salomão. Arqueólogos dizem que provavelmente ele escutava este disco enquanto se perfumava e aparava a barba antes de suas famosas festinhas no seu oásis particular. O cara sabia das coisas!

Rei Salomão, ouvindo Simply Red e já matutando sobre a festinha no harém! 

Então você pergunta:


- Ei imbecil, onde está "For your babies"?

Calminha aí Ó desocupado leitor, esqueci dela não. Deixei a cereja do bolo por último!

A PREDILETA:

Apesar de reconhecer que é difícil ter uma predileta num repertório cheio de clássicos, arrisco-me, sem medo de errar, que sim, esta é a que eu mais gosto. Sempre foi marcante em minha vida, e sempre será. Se música, para alguns, é trilha sonora da vida, nossa! Simply Red certamente fez parte de várias cenas.

E certamente, em algum momento, para o bem ou para o mal, deve ter feito parte da sua também!

É isso!

Ouça "For your babies" no vídeo abaixo:


24 julho 2012

Resenha (Filme): Valente (2012)



Filme: Valente (EUA - 2012)
Diretor: Mark Andrews, Brenda Chapman
Estúdio: Pixar, Walt Disney

Sabe quando você confia tanto em um diretor, ou ator, que quando você vai ver o cartaz do filme que tem o nome deles você vai assistir sem nem pensar e dificilmente sai decepcionado?

Pois é, geralmente acontece a mesma coisa comigo quando vejo Pixar no cartaz de um filme.

Todos os meus amigos que tem filhos meio que se obrigam a, periodicamente, ir ver filmes infantis no cinema com eles. E dá logo para ver a cara de desânimo desses pais, pois boa parte dos filmes infantis tem um certo efeito sobre as crianças, mas para os pais é uma verdadeira chateação ter que aguentar uma hora e meia de filme por amor ao entretenimento dos filhos.

E esta é para mim a grande sacada da Pixar. Por que eles pensam no público infantil, porém também fazem questão de tocar a sensibilidade dos adultos que levam as crianças para ver os filmes. Então, o resultado é, literalmente, diversão para toda a família.

E Valente não é diferente!

O filme é um tema novo dos estúdios Pixar. Eles exploram o universo da mitologia escocesa para narrar a história da princesa rebelde Merida.

Merida é uma garota que, dentro do universo tradicional da monarquia antiga de qualquer país, nasceu para ser prometida em casamento a um príncipe. Porém ela não vê nisto algo bom e tradicional. Ao contrário, encara isso como um grande crime à sua liberdade. Ela simplesmente detesta a pompa da realeza e tem como grande prazer cavalgar livre pelas montanhas e, principalmente, ser uma grande arqueira.

Enfim, apesar da narrativa simples e previsível, pois você percebe que se trata na verdade da temática do choque de gerações, principalmente em torno dos conflitos entre pais e filhos, os diretores conseguiram narrar esta história com grande beleza e sensibilidade. E claro, muito senso de humor.

Na sala de cinema era uma delícia perceber crianças e adultos caindo na gargalhada em alguns momentos, e também se emocionarem em outros.

Ainda bem que a Pixar mantêm a tradição de produzir bons e belos filmes. Sempre preocupada em, por trás de toda narrativa, transmitir princípios positivos para todos que o assistem. Você sai da sala de cinema com aquele sorrisinho no rosto pensando que valeu cada centavo pago no ingresso.

Obviamente não é o melhor filme que a Pixar já fez. Mas também não quer dizer que é ruim. Pois a Pixar se garante tanto que até o bom que ela faz é ótimo! Então vá ver sem medo pois é diversão certa!

p.s. - Claro, quase ia esquecendo de mencionar os tradicionais curtas que rolam antes do filme. E o curta La Luna é de uma beleza sensacional! Poxa vida, só ver esse curta teria pago meu ingresso. E o filme vem como brinde!


17 julho 2012

Resenha (Livro): Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban






Livro: Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban
Autora: J. K. Rowling
Editora: Rocco
Ano: 1999
Páginas: 348

Pois é, continuando aqui minha caminhada pela saga Harry Potter, aqui chegamos ao terceiro volume da série. E nossa, que maravilha as aventuras do bruxinho mais conhecido do mundo.

O massa é que eu, por pura displicência, ainda não vi maioria dos filmes, o que torna a leitura ainda melhor por não saber o desenrolas das estórias. Então, como marinheiro de primeira viagem nesta mágica aventura, estou super empolgado. E com esse volume não foi diferente.

Você sente claramente a evolução da escrita da autora. Parece que, a medida que passa, e os anos vão correndo, a escrita fica mais sombria e misteriosa. E novos e curiosos elementos vão aparecendo no universo dos bruxos.

Neste livro, a trama gira em torno da fuga de um dos bruxos considerados mais perigosos chamado Sírius Black da prisão dos bruxos (é, eles tem até prisão) chamado Azkaban, que é a Alcatraz deles.

E espalha-se a ideia de que Black fugiu com o propósito de dar fim a vida de Harry Potter. Então as coisas na escola de bruxaria de Hogwarts (onde Harry estuda) estão bem tensas. Pois a escola provavelmente vai ser o alvo número um das investidas deste bruxo, que dizem, é um dos maiores aliados e seguidores do Valdemort, que é uma espécie de líder do lado negro da magia dos bruxos que, como todo vilão, quer somente dominar o mundo e acabar com os trouxas (que é a forma como os bruxos chamam os não bruxos, seres humanos normais como eu e você).

Com um desenrolar surpreendente, na leitura deste livro você definitivamente é convencido do por quê esta série é uma das mais lidas no mundo até hoje, mais de dez anos de seu lançamento.

Um livro que vale muito à pena ler! Todos os elementos de um bom enredo estão aqui: aventura, mistério e um final totalmente imprevisível e brilhante. Enfim, é de não conseguir parar de ler!

Boa leitura á todos!

Resenha (Filme): Chernobyl - Sinta a radiação (2012)




Filme: Chernobyl - Sinta a radiação
Diretor: Bradley Parker
Ano: 2012
País: EUA

Eu colecionava uma revista de música à tempos atrás que tinha uma forma curiosa de distribuir notas para os álbuns. Da nota mais alta a mais baixa era mais ou menos assim: Clássico - Muito bom - Bom - Regular - (e agora entra a pior nota possível) - Só para fãs!

Pois é. O fã é aquele carinha que já, há muito, perdeu sua capacidade de ser um exímio crítico. Pois o mesmo já foi fisgado, já é ovelha convertida, essas coisas.

Pois muito bem, este é exatamente minha dificuldade de criticar filmes de zumbis. Pois eu sou um fã ardoroso de filmes desse gênero. E não quero aqui passar a mão na cabeça de um filme de zumbi só porque eu gosto.

Então é o seguinte, e vou ser bem sincero. O que atraiu-me a ver esse filme além do fato de eu entender no trailer que se tratava de um filme de zumbi, é que foi feito pelos mesmos produtores do clássico Atividade Paranormal (2007).

Diante dessa mistura, achava que ia sair um filme fodástico. Mas que nada, infelizmente nem o clima sombrio do submundo do leste europeu conseguiu salvar o filme. A questão foi exatamente roteiro. A história é mais ou menos simples. Um grupo de jovens aventureiros, em passagem pelo leste europeu a caminho da Rússia, resolvem fazer um turismo diferente, visitando uma cidade abandonada nos arredores de Chernobyl. Pois na época do acidente nuclear, as cidades próximas da usina foram abandonadas, e a cidade ficou com tudo intacto.

Enfim, por algum motivo, quando eles chegam na cidade, algumas coisas dão errado. Eles tomam sustinhos bem clichês, e misteriosamente a van aparece com o motor quebrado. Daí são obrigados a passar a noite lá e, assim, começa a trama toda, pois percebem que não estão sozinhos na cidade.

Depois do excelente filme Albergue (2005), tudo o que se relaciona ao leste europeu me assusta. Se você por acaso viajar pra lá, jamais aceite convite de estranhos para fazer seja lá o que for. O povo lá adora roubar um fígado. E esse filme começa exatamente assim. Um grupo de jovens que aceitam o convite para  uma aventura única. E nem tem o cuidado de avisar aos amigos do facebook ou à família a onde iam, para o caso de desaparecerem o povo pelo menos ter uma ideia de onde procurar.

Enfim, resumindo, uma ótima ideia, porém com um roteiro fraquíssimo. Então, com muita ressalva, acho que esse é o tipo de filme "só para fãs". E mesmo assim, até um fã é capaz de se decepcionar. Como eu por exemplo.

Veja trailer do filme:


13 julho 2012

Resenha (Livro's): Harry Potter e a câmara secreta



Livro: Harry Potter e a câmara secreta
Autora: J. K. Rowling
Editora: Rocco
Ano: 1998
Páginas: 287

Harry Potter é sem dúvida um clássico moderno. Clássico pode ser definido como aquela obra que, por tão consistente que é, torna-se atemporal. Daqui a quatrocentos anos ainda haverá crianças e adultos lendo esta obra. Bem, se eu estiver errado nesta profecia tanto faz, vou estar morto mesmo...

Pois bem, estamos agora no segundo ano letivo do bruxinho. E desta vez coisas misteriosas acontecem em Hogwarts.

Alunos aparecem misteriosamente petrificados. E todos eles tem uma coisa em comum: descendência trouxa (Entenda-se por trouxa todos os seres humanos que não são bruxos). E esses fatídicos acontecimentos vão por em perigo os alunos e também a continuação da tradicional escola de bruxos.

Estou lendo esta obra sequencialmente. Comprei a coleção numa pechincha no site Submarino e agora, depois de dois anos na minha estante resolvi lê-los. E lhes digo uma coisa, estou devorando vorazmente cada página. J. K. Rowling escreve muito bem, seus olhos deslizam em cada linha com muita facilidade.

O desenrolar desta história da câmara secreta é surpreendente, de fato você fica surpreso no decorrer da narrativa. A câmara secreta é uma lenda de bruxo ou uma realidade? Isso Harry Potter e seus inseparáveis amigos Rony e Hermione vão ter que descobrir. Draco Malfoy está mais insuportável que nunca. E daí temos mais uma narrativa de aventura e mistério que você não vai conseguir parar de ler. Deve ter algum feitiço da Sra. Rowling, só pode!

Boa leitura!


12 julho 2012

Resenha (Livro): Vila Maravila - Um lugar diferente e cheio de graça




Livro: Vila Maravila - Um lugar diferente e cheio de graça
Autor: Marcos Monteiro
Editora: Independente
Ano: 2010
Páginas: 151

Marcos Monteiro é um amigo querido que tive o privilégio de conhecer em minhas aventuras e desventuras nos encontros da FTL (Fraternidade Teológica Latino-americana). Todo ano os membros desta fraternidade da região nordeste tem um encontro para, entre outras coisas, apresentar trabalhos acadêmicos, promover um espaço para manifestações do evangelho dentro da cultura popular e claro, e o mais importante, aprofundar os debates em acaloradas conversas madrugada a fora com teólogos em uma mesa regada a cerveja, cachaça e calabresa acebolada de tira-gosto.


O cara em si mesmo é um tratado vivo de contracultura. Para começar, ele abandona o curso de medicina para adentrar nas humanas, mais precisamente teologia, seguido de filosofia. 


Aí você pensa: Não deixa de ser um bom negócio, até porquê pastor é cheio de grana.


É, pode ate ser, mas o cara ainda assim resolve ir contra a corrente das aspirações prósperas da teologia e resolve ter como membresia uma comunidade pobre com pessoas pobres e moradores de rua.


E aí cara-pálida, o que me diz?


O cara é tão alternativo, mas tão alternativo, que a galera da teologia, quando compara ele a Carlos Queiroz por exemplo, dizem que Carlinhos é a versão playboy do Marcos Monteiro.

 Marcos Monteiro

Piadinhas internas à parte, ele é um dos poucos que eu conheço que mantém uma mínima coerência entre o que ensina e o que vive.

E este livro, a qual eu resenho com muito orgulho hoje, é um documento vivo desta minha afirmação.

Vila Maravila é uma comunidade humilde como qualquer outra, em qualquer metrópole nordestina. O livro é uma coleção de crônicas onde ele escrevia em um site chamado Banco da Vida, voltada para o terceiro setor. As crônicas abrangiam espiritualidade e esportes, tudo em torno do cotidiano da Vila Maravila. São dez anos de crônicas aproximadamente.

E nossa, que achado! Que experiência!

Há muita sabedoria na humildade periférica. É lendo livros assim que eu cada vez mais me convenço do porquê essa preferência de Deus pelos pobres. Não é só uma questão de misericórdia e assistencialismo divino. Na verdade, é que no geral, as pessoas mais humildes são bem mais interessantes.

A sabedoria popular, que não precisa de faculdade, apenas da observação do viver, permeia pelo menos boa parte das aulas do mestre de Nazaré.

Jesus usou estórias de gente comum, ensinando a gente comum algo extraordinariamente profundo e rico. Sem rodeios, direto ao ponto! E nisto, a complexidade dos acadêmicos (fariseus) não conseguia acompanhar.

Vila Maravila trata de pessoas assim. A sabedoria encontrada nos lugares mais inesperados.

Marcos Monteiro, ao invés de colocar-se na posição de cima, como um assistencialista religioso vazio, toma a postura de um aprendiz, e como uma parabólica, capta toda a riqueza das pessoas desta comunidade, e nos presenteia com essa verdadeira declaração de amor ao humanismo e a espiritualidade, entocada como um tesouro escondido nas entranhas de uma comunidade pobre, porém imensamente rica.



09 julho 2012

Resenha (Filme): O Espetacular Homem-Aranha


Reconheço que a princípio fiquei um pouco receoso quanto a este filme. Já estava mais do que satisfeito com a versão do diretor Sam Raimi. Não só por conta dos efeitos (que na época me deixaram fascinados), como também pela abordagem do que, a meu ver, é o ponto mais interessante do filme: a vida de Peter Parker.

É interessante o número de possibilidades para explorar a vida de um adolescente normal, aliás, normal não, impopular e desajeitado, e de repente esse cara é portador de um grande poder.

Isso pode dar pano pra manga para muitas histórias. No caso de Peter Parker, é explorado essa busca pessoal para dar significado a tal poder. Complicado, uma vez que ele mesmo, independente do poder que tem, já estava nesta angústia.

Apesar de manter ainda uma boa dose de senso de humor, nesta nova versão a vida de Peter Parker é tratada com uma dramaticidade ainda maior. Os conflitos estão mais acentuados. E o mesmo sai daquela mesmice do "bom moço que descobre poderes e toma atitudes altruístas". Que nada! Ele vai aprendendo no decorrer da narrativa a lidar com esse poder. Por vezes até abusando deles com objetivos mesquinhos de vingança. Quebrando a cara nos erros que comete, e através de suas feridas caminhar rumo a uma possível, digamos, maturidade em sua forma de abstrair o fato de ter super-poderes.

Enfim, gostei do filme por acentuar muito mais a vida de Peter Parker. O Homem-Aranha no caso é quase que um coadjuvante a presença do cara por trás da máscara. A química entre os atores é fantástica. A atriz Emma Stone está impecável, fugindo da regra da mocinha frágil, dando forma a uma mulher com muita personalidade.

Enfim, tanto para os que gostam de bons efeitos, quanto para aqueles que curtem o desenrolar da adaptação do personagem a seu poder, as tramas familiares, escolares e amorosas do Peter Parker, em todos os sentidos acho um filme muito bom.

Claro que uma refilmagem do Homem-Aranha, principalmente esse princípio de como ele adquire o poder já explorado pelo diretor Sam Raimi é evidentemente desnecessária. Porém, já que decidiram fazer, que bom que pelo menos foi uma coisa bem feita.

Veja trailer do filme abaixo:

05 julho 2012

Viver ou morrer?

Faz um tempinho já que ando bem desgostoso, não digo nem desgostoso, acho que vou usar o termo desanimado, por ler e ouvir comentários de que o formato tradicional do blog está morrendo.

De certa forma fico até triste comigo mesmo por não conseguir ter disciplina de postar com mais regularidade. E quando me empolgo, recebo uma ducha de água fria por perceber que as objetividades e imediatismos das redes sociais fazem as prozas, os textos que ultrapassam dois parágrafos, ficarem obsoletos.

Hoje mesmo estou na dúvida de apago esse blog ou não. Muita coisa que faço aqui poderia até fazer de forma mais objetiva no próprio Facebook. Mas aí sei lá, para mim perde toda a graça. Então penso às vezes apertar o botão "foda-se" e continuar escrevendo aqui, nem que seja a nível de registro pessoal. Minha memória, para quem sabe (se o mundo não acabar esse ano obviamente) eu bem velhinho possa passar aqui e rememorar as coisas que eu lia, escutava, assistia e pensava.

Não vou matar o blog. Mas também não vou mais "trabalhar" para fazer dele uma celebridade na web. Vou escrever para mim. Conversar comigo mesmo (como Agostinho em Solilóquios) sobre filmes, livros, discos e outras coisas nas quais quero escrever.

E não vou mais ficar me preocupando em podar exaustivamente as coisas que eu escrevo. Vai ficar do jeito que sair. Vai perder em qualidade gramatical, mas vai ganhar em assiduidade.

Enfim, era isso...

Té mais!